Bitcoins já são uma realidade no mercado imobiliário.

Utilizar a moeda virtual, no entanto, requer análise de risco para evitar prejuízos

Reprodução/Internet/Pexels
A moeda digital bitcoin se valorizou cerca de 900% neste ano e passou a custar cerca de US$ 11 mil. A mais famosa das criptomoedas já é uma realidade incontestável e uma prova inequívoca de que a tecnologia blockchain, que viabilizou o surgimento de todas as moedas digitais, é o que de fato interessa ao mercado. Diante disso, é certo que o uso de moedas virtuais no mercado imobiliário é viável, porém, requer análise de risco.

O blockchain pode mudar o mercado imobiliário de algumas maneiras, como facilitar transações imobiliárias e evitar fraudes. Ele pode possibilitar que todas as informações de uma propriedade possam ser digitalmente criptografadas, contendo informações habitacionais, financeiras, legais e estruturais, e atributos físicos que mantenham todo o histórico de transações e as transmitam perpetuamente. Além disso, oferece uma ferramenta 100% inviolável, em que o remetente e o destinatário dos fundos estão logados e os ‘certificados digitais de propriedade’ estão salvos, evitando a falsificação de títulos de propriedade, por exemplo. 

REGULAÇÃO 

Segundo o dicionário de inglês Oxford, o termo bitcoin significa um tipo de moeda digital em que as técnicas de criptografia são usadas para regular a geração de unidades de moeda e verificar a transferência de fundos, operada independentemente de um banco central. Por meio de um blockchain é possível transformar o imóvel num ativo líquido, conferindo-lhe maior liquidez decorrente da informação absoluta. Diversos estudos já estão em curso neste momento. Ressalta se que outras aplicações importantes estão ocorrendo, como em contratos e registros de imóveis e contratos inteligentes de locação.

Com relação à bitcoin e outras moedas criptografadas, há vários riscos que precisam ser analisados. A lista de contestações é interminável, mas não há como negar a efetividade do sistema. O bitcoin negocia mais de 50% de todas as outras criptomoedas (que já são mais de mil) e os números não são nada modestos, pois são aproximadamente 400 mil negociações por dia, totalizando quase US$ 4 bilhões negociados diariamente mundo afora.

Neste sábado, a CME Group (bolsa de Chicago), a maior bolsa de derivativos do mundo, iniciará as operações de contratos futuros de bitcoins. Esse e outros eventos prometem consolidar a posição da principal moeda digital da atualidade, a despeito do futuro dessas moedas, um legado é certo. A aplicabilidade do blockchain é imensa e, possivelmente, disruptiva, alcançando praticamente todos os tipos de mercado. É recomendável prestar atenção nisso.





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